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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lições de Jesus na oração do Pai Nosso



Resumo do sermão pregado pelo Rev.Lucas Magalhães em 7/11/2010 na Igreja Presbiteriana de Nepomuceno

Texto: Mt 6.9-13

Introdução: No evangelho de Mateus 6.9-13 encontramos a mais famosa, conhecida e repetidas de todas as orações já proferidas.
Evidentemente que Jesus não a deixa como sentença que deveria ser repetida por seus seguidores. Nos 2 versículos que antecedem a famosa oração ele mesmo orienta enfaticamente dizendo:  

“ E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.  Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.”  Mt 6.7-8

A oração do Pai Nosso além de ser um modelo para nossas orações é também uma revelação de Deus para a Igreja.
Jesus é a Imagem do Deus Invisível e Nele habita corporalmente toda plenitude da divindade. Sendo assim, tudo que Jesus fala e faz e ensina reflete o próprio Deus falando, fazendo e ensinando.
Ao olharmos para a oração do Pai Nosso é possível percebermos claramente algumas lições de Jesus para a Igreja [discípulos].
Ela ensina como deve ser o relacionamento com Deus, com o próximo e com nós mesmos. Vejamos então, as “Lições de Jesus para a Igreja na Oração do Pai Nosso”

1.Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina que Deus busca ter conosco um relacionamento de  intimidade:

Jesus nos ensina a dirigirmos a Deus o chamando de “Pai nosso.”
Jesus poderia ter usado outros títulos como: “Deus Sobreno”, “Grande Criador do Universo”, “Deus de Abraão de Isaque e de Jacó” mas ele preferiu ensinar os seus discípulos a se colocarem diante de Deus em oração e chamá-Lo de Pai.
Isso expressa o relacionamento familiar que Deus deseja ter com aqueles a quem resgata do pecado! Não é de servos, escravos, mas de filhos!
O próprio Deus encarnado [Jesus] revelando a vontade de Deus nos ensina que Deus ao se relacionar conosco deseja ser chamado de Pai.
Ele nos adotou como filhos.

2.Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina que é preciso reorganizarmos  as nossas prioridades.

A oração do Pai Nosso é organizada de forma sistematizada. Os pedidos de Jesus estão em ordem decrescente de grau de importância.
Começa com o essencial e caminha para o trivial.
Compare a oração do Pai Nosso com o tentação no deserto e veja que o objetivo do diabo foi inverter as prioridades de Jesus:

Oração do Pai Nosso: Mt 6.9-13
Tentação no deserto: Mt 4.1-11
1.Glória do nome de Deus – “santificado seja o teu nome”
1. Sustento material – “manda que estas pedras se transformem em pães” v.3
2.Estabelecimento do Reino de Deus “venha o teu reino”
2. Glorificar-se a si mesmo “atira-te daqui abaixo...” v.6
3.Obediência a vontade de Deus “seja feita a tua vontade”
3. Estabelecer o seu próprio reino “mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” v.8-9
4.Sustento material – “pão nosso de cada dia”


 3. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina que somos chamados para viver em Comunidade

A oração do Pai Nosso, bem que poderia ser assim:

Meu Pai que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
  venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
o meu pão de cada dia dá-me hoje;
e perdoa-me as minhas dívidas, assim como eu tenho perdoado aos meus devedores;
e não me deixe cair em tentação; mas livra-me do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Mas não foi assim que Jesus nos ensinou. As sentenças estão no plural, trazendo uma idéia de comunidade: “Pai nosso”; “pão nosso”; “nossas dívidas”; “ nossos devedores”; “não nos deixe cair em tentação”; “livra-nos do mal”
Por que? Na Igreja não há lugar para o “eu” somos nós.

Somos parte da mesma família: membros de uma só família, filhos do mesmo Pai : “Pai nosso”

Chamados para compartilhar bênçãos: “o pão nosso”  O que Deus te dá não é somente 
pra você mas abençoar o próximo. O pão que Deus dá não é seu é nosso!

Chamados para compartilhar dificuldades: “perdoa nossas dívidas”. O problema de um afeta todos. A dor de um deve doer em todos. “Se um membro sofre, todos sofrem com ele...”

Chamados para compartilhar cura: perdoamos uns aos outros. “assim como nós temos perdoado os nossos devedores”

Chamados para compartilhar o cuidado espiritual: “não nos deixe cair em tentação”. Cuidando uns dos outros e se importanto com o crescimento espiritual uns dos outros.